Início de varizes: você sabe o que fazer?
Se você está com início de varizes, esteja atenta! É preciso procurar auxílio médico e evitar que o quadro evolua.
As varizes são uma condição de saúde na qual as veias dos membros inferiores deixam de funcionar corretamente e passam a acumular sangue, tornando-se dilatadas e tortuosas.
Precisamos deixar claro que elas não ocorrem repentinamente, mas sim evoluem com o tempo, caso não recebam o devido tratamento.
Então, dependendo da fase em que se encontram, podem ser de pequeno, médio ou de grande calibre.
E é exatamente por isso que devemos ter atenção! O início das varizes não costuma trazer impactos significativos nas atividades diárias e estética da paciente, que acaba não buscando auxílio médico.
No entanto, muitas vezes tentam formas alternativas de tratamento, como cremes, pomadas, chás ou caneta a laser, mas nada disso realmente funciona.
Assim, o início das varizes é o melhor momento para procurar auxílio médico e tratá-las corretamente, evitando quadros avançados.
Início de varizes: entenda a evolução
A classificação CEAP para as varizes é bastante útil, pois deixa muito claro seu grau de evolução com base nos diversos sinais de comprometimento venoso.
Então, CEAP é a sigla para:
C – Clínica - avalia os sinais clínicos da doença venosa;
E – Etiologia - classifica a origem da doença venosa: congênita, primária ou secundária (síndrome pós trombótica);
A – Anatomia - considera a distribuição anatômica da doença venosa, ou seja, veias superficiais, perfurantes ou profundas;
P – Fisiopatologia - avalia a fisiopatologia da disfunção venosa: refluxo ou obstrução.
Sem sinais de doenças venosas, sensíveis ou palpáveis
Aqui, o paciente tem sensação de pernas pesadas, dor e prurido, mas sem sinais visíveis ou palpáveis de doença venosa.
Telangiectasias e/ou veias reticulares (C1)
Presença de telangiectasias (vasinhos menores de 1 mm) ou veias reticulares (entre 1 e 3 mm).
Veias varicosas (C2)
Já são observadas varizes, ou seja, veias varicosas com diâmetro maior que 3 mm.
Veias varicosas mais edema (C3)
Ocorre quando há presença de varizes associadas a edema (inchaço).
Hiperpigmentação ou eczema (C4)
São visualizadas alterações de pele e tecido subcutâneo secundárias, por exemplo:
C4a: presença de eczema ou pigmentação (escurecimento da pele).
C4b: lipodermatoesclerose ou atrofia branca (enrijecimento da pele).
Úlcera curada (C5)
Classifica-se aqui quando se observa a presença de uma ulceração venosa já cicatrizada.
Úlcera venosa ativa (C6)
Neste caso, temos a presença de úlcera ativa.
Assim, com base nesta classificação, podemos observar o quanto a evolução das varizes traz impactos significativos na vida da paciente, bem como torna o tratamento muito mais complexo.
Atualmente, temos uma ampla gama de técnicas para tratar as varizes e, quanto mais no início elas estiverem, mais simples e rápido será o tratamento.
Quando procurar o médico vascular?

Saber o momento certo de procurar o médico pode fazer toda a diferença no seu tratamento. Assim, caso você tenha os seguintes sinais, marque uma consulta:
- Cansaço nas pernas;
- Pernas inchadas;
- Formigamento nas pernas;
- Vermelhidão nos membros;
- Presença de vasinhos nas pernas;
- Surgimento de pequenas varizes.
Dessa maneira, será possível avaliar o caso com cautela, realizar os devidos exames e chegar em um diagnóstico preciso. Quanto antes identificarmos o problema, melhor!
Então, não deixe para depois! Ao identificar vasinhos ou início de varizes, marque uma consulta com o cirurgião vascular!